segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Anne em crescimento/ Anne e Familia



Anne em crescimento



Anne e Familia

Preço Diário de Anne Frank - Versão Definitiva



PREÇO:16,00 Euros

Diário



Envolvente.
Faz pensar, reflectir e revemo-nos nele… Um retrato apaixonante de tempos difíceis, como foram os da 2ª Guerra Mundial.
Sinceramente não é de estranhar que muitas pessoas tivessem duvidado de que este diário tivesse sido escrito por uma jovem, de 13 anos (no fim tinha 15), pois esta faz uma descrição pormenorizada do que se passou com ela naqueles dois anos escondida na clandestinidade que era o “Anexo Secreto”, com uma linguagem aprimorada, de uma pessoa inteligente e tal como ela diz “avançada em relação à idade”.
Ela queria ser escritora… e eu afirmo: O mundo perdeu uma das melhores!
Mas será que foi só ela? Morreram milhares de pessoas. Será que entre elas não estaria por exemplo a que viria a descobrir a cura da SIDA? lol Uma subjectividade levada ao extremo… mas não impossível. E tudo porquê? Porque o Homem é egoísta, cruel e tem sede de poder. Não foi só o Hitler que provocou a guerra! É fácil apontar culpas, mas como é que um homem só mata tanta gente? Todos os dias, o Homem provoca guerras fúteis que nos levam a perder sempre qualquer coisa…
Voltando ao livro, aconselho-o a todos… Leitura obrigatória para pais, psicólogos e outros que queiram perceber o que é a mente de uma jovem a entrar na adolescência e quais os seus sentimentos face á mudança que se opera nessa idade, tanto a nível sentimental, como sexual e psicossocial

Um extracto do diário de Anne Frank...




Sinto como que marteladas na cabeça! Nem sei por onde começar. Sexta-feira (Sexta-feira Santa) à tarde, e no sábado também, fizemos vários jogos. Esses dias passaram-se sem novidade e bastante depressa. No domingo pedi ao Peter que viesse aqui e mais tarde subimos e ficámos lá em cima até às seis horas. Das seis e quinze até às sete horas ouvimos um belo concerto de música de Mozart; do que mais gostei foi da «K'eine Nachtmusik». Não consigo escutar bem quando há muita gente à minha volta, porque a boa música comove-me profundamente.

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Domingo à noite o Peter e eu fomos ao sótão. Para estarmos sentados confortávelmente, levamos umas almofadas que pusemos em cima de um caixote. O sítio é estreito e estávamos muito apertados um contra o outro. A Mouchi fazia-nos companhia. Assim havia quem nos vigiasse. De repente, às nove menos um quarto, o sr. van Daan assobiou e perguntou se nós tínhamos levado uma almofada do sr. Dussel. Saltámos do caixote abaixo e descemos com as almofadas, o gato e o sr. van Daan. Por causa da almofada do sr. Dussel desenrolou-se uma verdadeira tragédia. Ele estava desaustinado por termos levado a sua «almofada da noite». Receou que a enchêssemos de pulgas, fez cenas tremendas por causa de uma reles almofada. Como vingança, o Peter e eu metemos-lhe duas escovas duras na cama. Rimo-nos muito daquele pequeno «intermezzo». Mas o divertimento não havia de ser de longa dura. As nove e meia o Peter bateu à porta e pediu ao pai que subisse para lhe ensinar uma frase inglesa muito complicada.

- Aqui há gato - disse eu à Margot. - Ele não está a dizer a verdade.

E tinha razão. Havia ladrões no armazém. Com rapidez, o pai, o Peter, o sr. van Daan e o Dussel desceram. A mãe, a Margot, a srª van Daan e eu ficamos à espera. Quatro mulheres cheias de medo não podem fazer outra coisa senão porem-se a falar. Assim fizemos. De repente, ouvimos, lá em baixo, uma pancada forte. Depois, silêncio. O relógio deu dez menos um quarto. Estávamos lívidas, muito quietas e cheias de medo. Que foi feito dos homens? O que é que significava aquela pancada? Haverá luta entre eles e os ladrões? Dez horas. Passos na escada. Entra primeiro o pai, pálido e nervoso, depois o sr. van Daan.


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- Fechem a luz. Subam sem fazer barulho. Deve vir a polícia.

Agora não havia tempo para medos. Fechámos a luz. Ainda peguei no meu casaquinho e subimos.

- O que aconteceu? Depressa, conta! - Mas não havia ninguém que pudesse contar, porque os senhores já tinham descido outra vez. Às dez e dez voltaram, dois ficaram de guarda na janela aberta, no quarto do Peter. A porta do corredor ficou fechada. A porta giratória também. Sobre o candeeiro lançámos uma camisola. Depois eles começaram a contar:

- O Peter ao ouvir duas pancadas fortes, correu abaixo e viu que do lado esquerdo da porta do armazém faltava uma tábua. Voltou depressa para cima, avisou a parte mais corajosa do grupo e então eles, os quatro, desceram. quando entraram no armazém encontraram os ladrões em flagrante. Sem reflectir o sr. van Daan gritou:

- Polícia!

Os ladrões fugiram num instante. Para evitar que a ronda da Policia notasse o buraco, os nossos homens colocaram a tábua no sítio, mas um pontapé de lá de fora deitou-a novamente ao chão. Os quatro ficaram perplexos com tanto atrevimento. O sr. van Daan e o Peter sentiram vontade de matar aqueles patifes. O sr. van Daan bateu com o machado no chão. Depois novamente silêncio. Tentaram colocar outra vez a tábua.

Novo susto: lá fora estava um casal e a luz forte de uma lâmpada de mão iluminou todo o armazém.

- Com mil raios! - disse um dos nossos e... num instante trocaram o seu papel de policias pelo de ladrões. Fugiram. Subiram. O Peter abriu portas e janelas na cozinha do escritório particular, deitou o telefone ao chão e depois desapareceram todos por detrás da porta giratória.




(Fim da Primeira parte)

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Nota

Otto H. Frank: pai de Anne Frank;
Edith Frank: mãe de Anne Frank;
Margot Frank: irmã de Anne Frank;
Kitty (diário): a sua unica amiga dentro do Anexo Secreto;
Miep Guies:uma das empregadas de Otto que os ajudou no período da 2ª guerra.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Se vivesse hoje, Anne Frank teria hi5?

Perceber o alcance da influência que as tecnologias têm efectivamente nas nossas vidas não será tão óbvio quanto possa parecer.Por exemplo, se Anne Frank vivesse nos nossos dias (deixando de lado um certo tom aligeirado no exemplo escolhido), teria escrito um diário? Bom, se tivesse acesso à Internet, teria porventura preferido o formato de grande parte dos jovens (e não só), que é o hi5.De facto, aí encontra-se um registo, de certa forma, diarístico (existe mesmo no menu o termo "Diário"). Aliás, grande parte das vezes, o conjunto de imagens e vídeos que aí se encontra não são mais do que autênticas narrativas, mas baseadas numa linguagem iconográfica.Por isso, quando na escola se fala do diário, a referência ao hi5 poderá ser uma forma das novas gerações* perceberam um pouco melhor esta tipologia de texto

Anne frank

O Diário de Anne Frank é um diário escrito por Anne Frank entre 12 de junho de 1942 a 1 de agosto de 1944 durante a Segunda Guerra Mundial.
Escondida com sua
família e outros judeus em Amsterdam durante a ocupação Nazista na Holanda, Anne Frank com 13 anos de idade conta em seu diário a vida deste grupo de pessoas.
Em
4 de agosto de 1944, agentes da Gestapo detém todos os ocupantes que estavam escondidos em Amsterdam e levam-nos para vários campos de concentração. No mesmo dia da prisão dos pais de Anne, entregam o diário dela para o pai Otto Heinrich Frank. Anne Frank faleceu no campo de concentração Bergen-Belsen no fim de fevereiro de 1945.
Otto foi o único dos escondidos que sobreviveu no campo de concentração. Em
1947 o pai decide publicar o diário, como Anne desejava em vida. O diário está no Instituto Holandês para a Documentação da Guerra. O Fundo Anne Frank (na Suíça) ficou como herdeiro dos direitos da obra de Anne Frank. O pai Otto Heinrich Frank faleceu em 1980.
Na apresentação à primeira edição americana do diário,
Eleonor Roosevelt descreveu-o como "um dos maiores e mais sábios comentários da guerra e seu impacto no ser humano que eu jamais lí". O Soviético escritor Ilya Ehrenburg mais tarde disse: "uma voz fala para seis milhões; a voz não de uma sálvia nem um poeta, mas de uma menininha costumeira." Hillary Rodham Clinton, em sua fala para o Elie Wiesel Humanitarian Award em 1994, lê o diário de Anne Frank e o relaciona com acontecimentos contemporâneos como em Sarajevo, Somália e Ruanda.
Depois que receber um prêmio humanitário da Fundação Anne Frank em
1994, Nelson Mandela chamou uma multidão em Johannesburgo, dizendo que ele tinha lido o diário de Anne Frank enquanto estava na prisão e que o "derivou muito estímulo." Sua luta contra o nazismo e o apartheid, explicando o paralelo entre as duas filosofias: "porque estas crenças são patentemente falsas, e porque eram, e sempre serão, desafiados por gente como Anne Frank, eles estão no limite do fracasso."